“Deus inventou a arte (em todas as formas) como dispositivo regulador, como dispositivo de sobrevivência. O público é desnecessário. A comunicação é rara; a arte é uma língua, como a língua chinesa. Quem entende?” (In: “A Escrita Terapêutica de Louise Bourgeois”).
Sobre sua própria arte e sobre a arte em geral ela escreve:
“Minhas emoções são inapropriadas ao meu tamanho. Elas são meus demônios – não as emoções, mas sua intensidade: são demais para suportar, então transfiro essa energia para a escultura. Minha escultura, portanto, não tem nada haver com material, com estilo, com técnicas. Aliás, essas coisas não são objetos do artista. Os objetos do artista são: emoções e idéias, os dois”.
Mais de 100 obras suas – esculturas, instalações e desenhos – estão expostas na mostra Louise Bourgeois – O retorno do desejo proibido, em cartaz em São Paulo. | |
Leitora das obras de Sigmund Freud, Jacques Lacan e Melanie Klein, a artista, morta em 2010 aos 98 anos, deixou inúmeros escritos sobre sua relação com a psicanálise, nos quais associa suas produções a registros de seu passado.
“O trabalho da Louise Bourgeois é de orientação psicanalítica, mais que o de qualquer outro artista do século 20; arte e psicanálise estão completamente fundidas na sua produção”afirma o curador da mostra, o canadense Philip Larratt-Smith.
Louise Bourgeois nasceu em Paris, no dia 25 de dezembro de 1911. Ela se mudou para Nova York em 1938, após casar-se com o historiador de arte americano Robert Goldwater, se tornou cidadã dos Estados Unidos em 1955.Morreu em Nova York aos 98 anos.
Louise Bourgeois – O retorno do desejo proibido. Instituto Tomie Ohtake. Av. Brig. Faria Lima, 201 (entrada pela rua Coropés), Pinheiros, São Paulo. Terça a domingo, das 11h às 20h. Grátis. Informações: (11) 2245-1900. De 7 de julho a 28 de agosto.
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